Ao longo de uma década a Articulação Internacional de Atingidos e Atingidas pela Vale vem denunciando diversas violações às comunidades atingidas nos territórios. Nossa atuação conjunta reuniu movimentos de atingidos e atingidas de diversos países no I Encontro Internacional da Articulação em 2010. Neste mesmo ano, adotamos a intervenção nas Assembleias Gerais anuais da empresa Vale S.A. (Vale) como uma das formas de atuação, a partir da perspectiva de que aqueles espaços devem ser ocupados como ambiente de ação, pressão e denúncia.
Elaboramos o documento político Carta de Ouro Preto, logo após o rompimento da barragem de Fundão, na bacia do Rio Doce, em 2015. Realizamos uma missão junto aos moradores de Brumadinho atingidos pelo rompimento da barragem de Córrego do Feijão levantando denúncias importantes sobre as violações de direitos ocorridas em 2019. Ainda este ano promovemos uma série de ações de denúncias durante visita da comitiva da ONU ao Brasil, e tivemos posterior participação na 45ª Sessão Ordinária do Conselho de Direitos Humanos da ONU, quando foi apresentado o relatório produzido.
Em 2020 lançamos o Relatório “Acionistas Críticos: 10 anos de atuação da Articulação Internacional dos Atingidos e Atingidas”. O objetivo desta publicação é recuperar a memória de nossas ações durante esses 10 anos e analisar nossa tática de incidência corporativa, refletindo sobre os resultados, desafios e perspectivas dessa atuação crítica nos espaços das Assembleias e, também, nas ações realizadas de forma paralela, como as ações de comunicação, denúncia, manifestações e atos públicos, por exemplo.