Após a audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), manifestantes caminharam até a sede da Vale, Centro. O ato público reuniu cerca de 200 pessoas nesta quinta-feira (15/4), encerrando o I Encontro Internacional dos Atingidos pela Vale.
O objetivo do protesto foi dar visibilidade aos desrespeito sofrido por populações atingidas pela atuação da mineradora, sejam comunidades próximas, desapropriadas em áreas em que a empresa busca se instalar, seja os trabalhadores e trabalhadoras da empresa. “Traga a bandeira de luta, deixa a bandeira passar. Essa é a nossa conduta, vamos nos unir para mudar”, cantaram.
E foram muitas bandeiras, faixas e palavras de ordem pedindo soberania dos povos, justiça ambiental e respeito ao direitos humanos e trabalhistas. “Brasil, Canadá, América Central, a luta contra a Vale é internacional” foi a principal palavra de ordem. A manifestação levou às ruas representantes de organizações, movimentos sociais, sindicatos e comunidades de Brasil, Canadá, Chile, Argentina, Nova Caledônia, Peru, Equador e Moçambique, Alemanha, Itália, Estados Unidos e França.
A proposta agora é consolidar frentes de resistência entre estes grupos locais e construir estratégias comuns para que a empresa seja responsabilizada pelas violações em nível nacional e internacional.
Ao final, um bolo de aniversário foi cortado em comemoração aos 9 meses de greve na Vale Inco, no Canadá. Outra ação simbólica foi a de lacrar a porta da transnacional. Com tinta vermelha os ativistas escreveram “Não vale!”.
“O que não vale é a posição agressiva desta empresa junto aos povos. A cor vermelha representa a resistência, a luta. E representa também o sangue de trabalhadores explorados por essa minerada”, disse ao microfone Marcelo Durão, do MST.