Na manhã do hoje (12/4), um outdoor bem diferente passou a ocupar espaço na Avenida Presidente Vargas, uma das mais movimentadas da capital carioca. Nele, uma mensagem provocativa: “trabalhadores explorados, famílias despejadas, natureza destruída. Isso vale?”. Para nós, que integramos I Encontro Internacional dos Atingidos pela Vale, a resposta é não.
Essa contrapropaganda faz frente à visão massivamente veiculada pela empresa, que mostra funcionários sorridentes, trabalhando a serviço do “progresso” do país. Mas esse progresso serve a quem? É promovido a custo de quê?
Até o dia 15/4, organizações e movimentos sociais e sindicais, comunidades e populações de diversas partes do mundo permanecem reunidas para trocar experiências e vivências. Além de brasileiros de diversas partes do país, o encontro também conta com a presença de pessoas do Canadá, Chile, Argentina, Nova Caledônia, Indonésia, Peru e Moçambique. Todos têm em comum a vontade de protestar e propor alternativas ao atual modelo de desenvolvimento.
Hoje à tarde, os integrantes das Caravanas se unem aos pescadores e moradores do entorno da Baía de Sepetiba, na Zona Oeste do Rio. A região sofre com a degradação socioambiental e o desrespeito aos diretos humanos provocados pela Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), uma parceria entre a alemã ThyssenKrupp e a Vale.
Foto: Luiza Cilente (Agência Pulsar Brasil).