Nesta semana de memória especial sobre a luta diária de milhões de mulheres impactadas pelos megaempreendimentos, especialmente pela mineração, a Articulação Internacional dos Atingidos e Atingidas pela Vale indica como material de reflexão o ciclo de debates “Mulheres Amazônidas”.
Promovido entre julho a outubro de 2020 pelo Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos), os quatro encontros virtuais do ciclo trouxeram diálogos entre mulheres do sudeste do Pará com o objetivo de cartografar as experiências de luta e resistência na região. Os debates apresentaram os impacto da mineração sob aspectos que vão para além dos seus efeitos mensuráveis, captando as questões psicológicas e subjetivas do cotidiano das participantes.
Ao longo de todo o circuito, 12 convidadas trouxeram diferentes experiências sobre a luta pela manutenção e preservação da vida e das comunidades onde vivem no conturbado contexto de uma pandemia global.
Os quatro vídeos dos debates podem ser assistidos aqui.
Livro
Também em 2020, na esteira do ciclo de encontros, o Inesc lançou o livro “Mulheres Amazônidas: ecofeminismo, mineração e economias populares”, com quatro artigos sobre o impacto da mineração sobre a vida de mulheres do norte do país. Os textos foram escritos por Tatiana Oliveira, Joana Emmerick Seabra, Célia Congilio, Iara dos Reis, Rosemayre Bezerra e Ailce Margarida Alves.
A publicação conta com ilustrações de Beatriz Belo, artista de Macapá que buscou captar a relação entre corpo e território, central na vida comunitária das mulheres desta região.
É possível fazer o download gratuito do livro aqui.
Assista abaixo ao vídeo teaser que apresenta a publicação.