O conhecimento é uma arma fundamental para combater e evitar violações de direitos humanos e ambientais provocados pela mineração e grandes empreendimentos. Não à toa, muitas empresas transnacionais, como a Vale, utilizam a desinformação e o secretismo como estratégias para seguir violando povos e territórios sem serem percebidas a tempo de uma interpelação.
Por isso, para quem quiser conhecer ou se aprofundar nas discussões sobre os impactos da mineração e de grandes empreendimentos sobre a sociobiodiversidade, terra e território, a Articulação Internacional dos Atingidos e Atingidas pela Vale (AIAAV) indica a seguir três publicações recentes que tratam desses temas. As publicações podem ser acessadas, baixadas e compartilhadas de maneira livre e gratuita.
“Essencialidade forjada e danos da mineração na pandemia da Covid-19: os efeitos sobre trabalhadores, povos indígenas e municípios minerados no Brasil.
A análise dos efeitos da não paralisação da atividade mineral no Brasil durante a pandemia da Covid-19 é fundamental para alcançarmos a necessária responsabilização tanto das empresas, por permaneceram em atividade expondo seus trabalhadores e trabalhadoras, como do Governo Federal, que decretou a essencialidade do setor e foi conivente com a mineração ilegal. O livro é uma contribuição do Comitê Nacional em Defesa do Territórios Frente à Mineração, no âmbito do Observatório dos Conflitos da Mineração.
Anais do Seminário Internacional sobre Direitos Humanos e Empresas “Povos, comunidades, natureza: insurgências frente ao extrativismo predatório”.
A publicação é fruto dos trabalhos apresentados e das discussões estabelecidas em cinco grupos de trabalho (GTs) durante o evento, realizado de forma virtual entre os dias 15 e 19 de março de 2021 pela Justiça nos Trilhos. No GT1 os trabalhos discutem novas formas de territorialidades e racionalidades não ocidentais; no GT2 os trabalhos apresentam lutas por reconhecimento e direitos; no GT3 é debatida a questão de gênero no contexto de lutas territoriais; no GT4 são feitas reflexões sobre a expansão de megaprojetos, processos de luta de comunidades tradicionais; no GT 5, são compartilhadas práticas e processos de comunicação popular.
“O cerco do ouro: garimpo ilegal, destruição e luta em terras Munduruku”
O livro trata da apresentação do caso emblemático da Terra Indígena (TI) Munduruku, no escopo do complexo e multifacetado problema da garimpagem de ouro realizada (ilegalmente) no interior de terras tradicionalmente ocupadas por povos indígenas. O livro é uma publicação do Observatório dos Conflitos da Mineração no Brasil, do Comitê Nacional em Defesa dos Territórios frente à Mineração.
