Mais de 2,5 mil pessoas foram demitidas pela Vale em Itabira (MG)

Crise no setor de mineração afeta economia de Itabira, em MG

Mais de 2,5 mil pessoas na cidade foram demitidas pela Vale, diz sindicato. O município deixou de arrecadar R$ 19 milhões de tributos da mineração.
As demissões no setor da mineração vem afetando a economia e o cotidiano da cidade de Itabira, na Região Central de Minas Gerais. Só esse ano mais de 2,5 mil pessoas perderam seus empregos.

Um dos setores prejudicados é o imobiliário já que grande parte dos apartamentos da cidade era alugada por empregados da companhia e por terceirizados. Muitos imóveis estão sendo devolvidos por causa do término dos contratos com a Vale.

O Sindicato da Mineração em Itabira calcula que a atividade empregava 12,5 mil pessoas.


“A pessoa que trabalha na Vale, ela gera emprego na casa dela, na construção civil. Ela vai consumir no comércio, trabalha na padaria, numa loja. A cada uma pessoa demitida na área da Vale, a gente calcula que umas duas pessoas a mais serão demitidas aqui fora”, disse o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Itabira, Maurício Martins.

A Vale não divulgou o número de demitidos, mas segundo o sindicato da categoria, quase 2,5 mil pessoas já perderam o emprego desde o início do ano.

As contas públicas também foram afetadas. Segundo a prefeitura, nos três primeiros meses do ano, o  município deixou de arrecadar R$ 19 milhões que vinham de tributos da mineração.

A administração tenta diversificar a economia da cidade com a construção de uma faculdade e a atração de mais empresas. A prefeitura admite que o retorno dessas medidas é de médio a longo prazo.

Mas sindicalistas e representes de entidades de itabira não querem esperar. Eles criaram um movimento pra cobrar explicações da companhia.

“Estamos trabalhando pra conversar com o Ministério Publico do Trabalho e a Delegacia do Trabalho porque já que a Vale se recusa a conversar com o movimento, nós vamos provocar essa discussão no Ministério Público do Trabalho”, disse o presidente do sindicato Metabase, Paulo Soares de Souza.

Segundo a Vale, a empresa mantém uma taxa de rotatividade bem abaixo da média da indústria brasileira de mineração e siderurgia. A empresa reforça que, para se adaptar ao atual cenário da mineração, tem focado suas atenções na alocação de recursos e na otimização e simplificação de processos.

Fonte: G1 Minas Gerais, 11/05/2015

Link: http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2015/05/crise-no-setor-de-mineracao-afeta-economia-de-itabira-em-mg.html

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