Cercados por minas da Vale desde a ditadura, os Xikrin enfrentam agora a extração de níquel a 3 km da aldeia e a presença de metais pesados no Cateté
Em 2015, a pedido dos Xikrin, um professor da Universidade Federal do Pará (UFPA) mediu a presença de metais pesados na água, encontrando níveis acima do recomendado pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) – o dado para o ferro dissolvido na água era 30 vezes superior ao limite aceito pelo órgão. Havia também cromo, cobre e níquel em volumes e concentrações elevadas.
O laudo corroborou a suspeita dos indígenas, que sentem coceira na pele e ardência nos olhos depois dos mergulhos no Cateté; eles notaram também uma diminuição na quantidade e diversidade de peixes desde que a Mineração Onça Puma, empresa de propriedade da Vale S.A., passou a beneficiar o níquel, em 2010.
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