Baixe aqui o relatório

Já está disponível a versão final do relatório “Covid-19 em regiões mineradas na Bacia do Rio Doce (MG)”, uma publicação feita coletivamente pelo Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), Coletivo Margarida Alves de Assessoria Popular e pela Articulação Internacional dos Atingidos e Atingidas pela Vale (AIAAV), com apoio da agência de cooperação alemã Misereor e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Com base em dados oficiais da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e de prefeituras da região da Serra do Caraça, a pesquisa comprova que nos territórios onde há mineração, os números de contaminação por Covid-19 foram maiores do que em territórios não minerados.

O relatório aponta a relação entre o decreto do Governo Federal, que classificou a mineração como atividade essencial no início da pandemia, em meio a medidas protetivas como lockdowns e distanciamento social, como importante difusora da Covid-19. 

“Os dados apresentados neste relatório final são uma importante ferramenta de incidência política e jurídica para moradores e gestores de municípios minerados, uma vez que a não paralisação da mineração no contexto de pandemia, sob pretexto da sua suposta essencialidade, tem levado à sobrecarga de sistemas de saúde locais, adoecimentos e mortes entre trabalhadores do setor da mineração, seus familiares e demais pessoas que com eles convivem”, afirma um dos autores da pesquisa, Luiz Paulo Siqueira. 

Foram três grandes regiões analisadas: a bacia do rio Doce e imediações, a região da Serra do Caraça e as microrregiões de Itabira e Ouro Preto. A pesquisa foi desenvolvida entre os meses de março a novembro de 2020, e contou com uma atualização de dados em abril deste ano.

Os municípios analisados foram diferenciados nas categorias “não minerados”, “minerados” e “muito minerados” e, para facilitar a visualização dos dados, foram elaborados mapas e gráficos, alguns dos quais já publicados de forma pontual nos sites do MAM e da AIAAV ao longo de 2020.

Baixe aqui o relatório.

O estudo também pode ser acessado nos sites do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM) e do Coletivo Margarida Alves.

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