Empresa alegou precisar de tempo para análise técnica das medidas, conforme informações do promotor André Sterling Prado
A Vale se recusou a assinar nesta quarta-feira (6), Termo de Ajuste Preliminar Extrajudicial proposto pelo Ministério Público com ações emergenciais a serem implementadas por conta do rompimento da barragem da mineradora em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A empresa alegou precisar de tempo para análise técnica das medidas, conforme informações do promotor André Sterling Prado, que faz parte da força-tarefa que investiga a ruptura da estrutura.
A audiência em que o termo seria assinado ocorreu nesta tarde na 6.ª Vara da Fazenda Pública Estadual e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte. Uma nova audiência foi marcada para quinta-feira (14).
A empresa, conforme André Sterling, recebeu o termo nesta terça, 5. “Foi um prazo curto, realmente, mas nós não admitimos negociação. A negociação tem que ser em pequenos ajustes, pequenos detalhes. A Vale não tem que questionar isso agora. A Vale tem que simplesmente pagar o que ela causou numa questão emergencial”, disse o representante do MP.
Nesta terça, 5, os rejeitos, que avançam pelo Rio Paraopeba, atingiu a região de Pará de Minas, a cerca de 80 quilômetros de Brumadinho. Pelo termo, a empresa ficará obrigada a fornecer água para população humana e animais “até o restabelecimento da situação anterior”.
Para o promotor Sterling, a Vale precisa entender a importância da aceitação do documento. “Se na próxima semana esse documento não estiver aceito e construído, acho que aí vai estar caracterizada postura da Vale como empresa que não quer ressarcir os crimes que ela tem cometido”.