Entre os dias 20/04 e 06/5, a Articulação Internacional dos Atingidos e Atingidas pela Vale (AIAAV) vai apresentar fatos sobre a atuação da Vale que a empresa esconde de seus acionistas e de toda a sociedade. Acompanhe as postagens em nosso Facebook e não perca no dia 30/04 o lançamento do Relatório de Insustentabilidade que produzimos contrapondo as mentiras divulgadas pela empresa em seu relatório anual de “sustentabilidade”.
Um acionista crítico é alguém que, representando organizações ou coletivos da sociedade civil que fazem parte da Articulação Internacional dos Atingidos e Atingidas pela Vale (AIAAV), compra ações da empresa e utiliza seu direito de voz e voto durante a assembleia geral anual da Vale para denunciar aos demais acionistas as violações de direitos humanos e ambientais e os crimes cometidos pela empresa.
Durante a assembleia, o acionista crítico também apresenta seu voto contrário às decisões corporativas que reforçam ou promovem estes crimes e violações. Tanto as denúncias quanto os votos contrários e suas justificativas são registrados em ata. Assim, a Vale e seus acionistas jamais poderão alegar desconhecimento sobre as violações de direitos e crimes cometidos pela transnacional.
Essa tática pressupõe constranger diretamente os diretores e demais acionistas da companhia, confrontando seus planos e projetos a partir das contradições presentes nos relatórios e outros documentos informativos da empresa e o que ocorre nos territórios onde opera. Trata-se de expor as contradições dos discursos de “responsabilidade social” e “sustentabilidade” que a Vale alardeia a partir das evidências contrárias de sua prática nos territórios.
Instrumento de denúncia relevante
Os votos lidos e protocolados nas assembleias de acionistas da Vale pela AIAAV têm se revelado instrumentos de denúncia relevantes no sentido de que a empresa não pode se furtar a considerá-los. Dessa forma, ignorar seu registro é um ato que tende a ser cobrado pelos demais acionistas, bem como pelos reguladores públicos de sua atividade. Nesses termos, o voto protocolado em 2018 referente à preocupação com a segurança das barragens de rejeitos da empresa se revelaria premonitório das condições de má gestão das operações de disposição de rejeitos de mineração por parte da corporação.
Importante ressaltar que a compra das ações pelos acionistas críticos não tem fins econômicos, e por isso não se confunde com a compra de ações pelos acionistas comuns. Enquanto para os acionistas é possível fazer negócios moralmente “bons” dentro da Vale, para os acionistas críticos não se trata de negócios. Clique aqui e saiba mais sobre os 10 anos de acionistas críticos da AIAAV.
Relatório de insustentabilidade
Essa tática de incidência corporativa é apenas uma das diversas formas que a AIAAV tem para pressionar a Vale a se responsabilizar e reparar as violações que comete, fortalecer a luta de territórios e pessoas impactadas pela empresa e alertar a sociedade sobre as mentiras contadas pela Vale.
Outra forma de incidência e denúncia é a produção e publicação do Relatório de Insustentabilidade, ou relatório espelho. Baseado no Relatório de Sustentabilidade da Vale, onde a empresa tenta esconder seus crimes com narrativas falsas, o relatório espelho produzido pela AIAAV rebate ponto por ponto as mentiras divulgadas pela transnacional em sua publicação anual.
O mais recente Relatório de Insustentabilidade produzido pela articulação será publicado 30/04, dia da Assembleia de Acionistas. Dia 05/05 haverá uma live sobre o relatório.
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