Entre os dias 20/04 e 06/5, a Articulação Internacional dos Atingidos e Atingidas pela Vale (AIAAV) vai apresentar fatos sobre a atuação da Vale que a empresa esconde de seus acionistas e de toda a sociedade. Acompanhe as postagens em nosso Facebook e não perca no dia 30/04 o lançamento do Relatório de Insustentabilidade que produzimos contrapondo as mentiras divulgadas pela empresa em seu relatório anual de “sustentabilidade”.
Anualmente, a Vale publica um Relatório de Sustentabilidade para divulgar para acionistas e sociedade em geral os seus “bons resultados”. As informações apresentadas pela empresa não são verificadas por nenhum órgão independente de fiscalização, e tão pouco servem de base para que o poder público cobre dela as reparações devidas pelas violações e notáveis crimes cometidos ano a ano contra pessoas e o ambiente. Em seu relatório a Vale afirma o que quer, mesmo que essas afirmações contrariem a realidade dos territórios onde ela opera.
A Vale não tem interesse em falar a verdade, mas apenas aquilo que convém aos ouvidos dos acionistas e potenciais investidores, de modo que estes continuem investindo em suas ações e financiando suas atividades predatórias.
Os crimes de Mariana, em 2015, e de Brumadinho, em 2019, não podem ser considerados casos isolados ou acidentes. Pela magnitude e visibilidade que alcançaram, os dois episódios são casos extremos que revelam o modus operandi truculento e predatório da Vale na sua sede por lucros e por minerais, dentro e fora do Brasil.
É essa história real que a Articulação Internacional dos Atingidos e Atingidas pela Vale (AIAAV) contará no seu mais novo Relatório de Insustentabilidade, ou relatório espelho, no qual contestamos ponto a ponto as mentiras contadas pela transnacional.
Ao longo de meses nos debruçamos sobre relatórios da Vale, sobre entrevistas com atingidas e atingidos, sobre pesquisas e artigos de entidades e grupos que monitoram os impactos causados pela empresa em diferentes territórios, dentro e fora do Brasil.
No relatório espelho, descreveremos a Vale não como ela se insinua para seus acionistas, mas como ela se apresenta em ação, nos territórios, frente a comunidades, trabalhadores e demais seres vivos que cruzam seu caminho e que têm a sua existência ameaçada pela sua sede desenfreada por lucros.
Os documentos do relatório espelho têm a mesma estrutura do Relatório de Sustentabilidade da Vale e contrapõem os eixos abordados pela empresa. O objetivo desse tipo de documento-espelho é mostrar que a realidade dos trabalhadores e das comunidades atingidas, além dos impactos ao ambiente, é bem diferente da divulgada pela companhia em seus relatórios e campanhas publicitárias. A estratégia é denunciar a empresa e causar constrangimento público.
Até o momento, a AIAAV lançou três relatórios de insustentabilidade: um em 2012, outro em 2015 e agora em 2021. Quando lançado pela primeira vez em 2012, tratava-se de um documento ainda inédito no Brasil.
Esperamos que as informações verdadeiras que trazemos no relatório desse ano, que será lançado em 30/04, joguem luz sobre as formas de produção da empresa, que para obter lucros cada vez maiores conta com a exploração máxima e violação de direitos humanos e ambientais como ferramentas de uso diário.
